segunda-feira, 6 de abril de 2009

Centro Histórico de Mirandela precisa de valorização e de mais investimento

Isidro Gomes, do Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal, defende que o centro histórico não está restrito à ponte velha ou ao Palácio dos Távoras e que é necessário haver investimento para potenciar essa zona.
“O centro histórico não é o Palácio dos Távora nem a ponte velha. O centro histórico é um conjunto de casa, casas mais bonitas ou mais feias e que se calhar são mais interessantes. No trabalho que estivemos a desenvolver identificou-se é que temos casas recentes que têm uma influência artística e Mirandela nunca tinha olhado para elas”, refere.

Casas com características modernistas são um exemplo da tipologia de edifícios que este estudo pretende destacar, contrariando a ideia de que Mirandela não tem património.“Não temos casas do século XVI ou XVII, mas temos casas do modernismo. Os alpendres são bastante característicos por exemplo e é este tipo de coisas que nós queremos destacar, estas outras valências e potencialidades de Mirandela e contrariar a ideia de que Mirandela não tem história nem património e que não é verdade, nós temos”, assegura Isidro Gomes. Para uma maior valorização do Centro Histórico o responsável defende que é indispensável conhecer o património e que o município de Mirandela se tem descuidado nesse aspecto. “Temos que conhecer o nosso património. Temos que saber no que é que vale a pena investir. Só depois de o caracterizar é que devemos investir. O problema do centro histórico passa por aí, é que em Mirandela não estudaram e por isso não se pode valorizar”, justifica. Numa altura em que o turismo é cada vez mais uma aposta da região para atrair população, o técnico acredita que a valorização das cidades, nomeadamente de Mirandela, passa por saber receber bem as pessoas e ter coisas para mostrar.“O nosso património é a gastronomia, a paisagem e aquilo que é construído pelo homem. O turismo é um potencial, esta região quer atrair turismo e o património pode ajudar. O passear pelas ruas faz com que percam tempo, com que fiquem com fome e vão comer e depois se gostarem ficam mais um dia”, afirmou Isidro Gomes.

No passeio pelas ruas da cidade do Tua que assinalou o Dia Nacional dos Centros Históricos inscreveram-se 12 pessoas mas o número aumentou e acabaram por comparecer cerca de 20 pessoas.

Joana Oliveira in http://www.imprensaregional.com.pt/jornal_terra_quente/

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