quinta-feira, 18 de junho de 2009

Já são cerca de 30 as famílias de grandes capitais que querem viver em Vila Real

Ainda nenhuma autarquia do distrito mostrou interesse no projecto “Novos Povoadores”.
Nascido da vontade de um grupo de três jovens que viveram a experiência de trocar cidades de grandes dimensões por meios mais pequenos, reconhecendo assim “as mais-valias de uma vida mais tranquila sem prejuízo de uma presença profissional activa”, o Projecto “Novos Povoadores” começa a ganhar expressão a nível nacional conquistando o interesse de cerca de três centenas de famílias, 26 das quais avança o distrito de Vila Real como destino de preferência. No entanto, para já, os municípios ainda não se manifestaram sobre o projecto de repovoamento da zona interior do país.
Vinte e seis famílias, a maior parte do Porto, já mostraram interesse, através do Projecto “Novos Povoadores”, em ‘transferir’ a sua vida para concelhos do distrito de Vila Real, um processo que ambiciona “um equilíbrio territorial” nacional mas que espera agora pela adesão dos municípios.
“Neste momento não temos a adesão de nenhum município do distrito de Vila Real”, explicou Frederico Lucas, um dos mentores do projecto nacional que já despertou o interesse de 270 famílias.
Contando já com a “manifestação de interesse” por parte de várias Câmaras Municipais, entre as quais dez de Bragança, de realçar que os primeiros ‘povoadores’ a concretizar o desafio deverão instalar-se, no distrito de Évora, dentro de meses. Segundo o mesmo responsável, “o projecto não vai bater à porta” das autarquias, devem ser estas a aderir com o objectivo último de contribuir para o estanque do ciclo de “sangria demográfica” dos seus territórios rurais.
Relativamente ao que se espera dos municípios como moeda de troca para a fixação das jovens famílias, Frederico Lucas explicou que as Câmaras Municipais deverão acompanhar o processo contribuindo financeiramente apenas para as acções de formação que são desenvolvidas no sentido de preparar os novos moradores no que diz respeito ao projecto de trabalho que têm em mente, a maior parte na área do empreendorismo no sector agrícola.
A iniciativa “Novos Povoadores” assume o apoio ao projecto migratório, ou seja, “não dá dinheiro, nem arranja empregos”, ajuda sim as famílias a identificar necessidades e ofertas de habitação e na educação dos filhos, bem como acompanha o projecto empreendedor de criação do próprio emprego.
Nos últimos meses, a iniciativa tem ganho cada vez mais visibilidade a nível nacional. No entanto, Frederico Lucas explica que a opção ainda é proteger as famílias do mediatismo, sendo certo que, “na altura certa”, estas serão apresentadas.
O projecto nasceu quando Frederico Lucas (que optou por abandonar Lisboa), Ana Linhares e Alexandre Ferraz se conheceram em Trancoso e partilharam a sua própria experiência enquanto “Novos Povoadores”. “Foi um parto natural”, explicou o mesmo responsável, lembrando que depois de um período de cerca de quatro anos de estudo sobre o projecto este está agora prestes a dar frutos.
“Actualmente, 40 por cento da população vive nas áreas metropolitanas, onde se concentra 70 por cento do endividamento das famílias”, mas, se nada for feito, e segundo a Organização das Nações Unidas, em 2015, 70 por cento “da população portuguesa viverá nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto”.
Maria Meireles in http://www.avozdetrasosmontes.com/

“Carpooling” na UTAD vai funcionar já no próximo ano lectivo

Apesar de ainda estar a ser ultimado o estudo sobre a mobilidade na UTAD, o projecto de implementação do “carpooling”, o conceito de partilha de veículos, deverá ser uma realidade já no próximo ano lectivo. Os primeiros dados indicam que entram diariamente no campus três mil veículos, produzindo 1441,5 toneladas de CO2 por ano que, para serem compensadas ambientalmente, precisariam de cerca de cinco mil árvores. O incentivo à boleia organizada no esforço pela diminuição do tráfego automóvel poderá também ganhar uma dimensão concelhia com o desenvolvimento de um projecto da autarquia orçado em cerca de 1,3 milhões de euros, o “EcoMobiReal”
Com o objectivo de desenvolver, já a partir de Setembro, o “carpooling”, um grupo de investigadores e alunos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) está a estudar a mobilidade dentro do campus e os seus reflexos ambientais, tendo sido já calculado que seriam necessários 2,5 campus, idênticos ao actual em áreas verdes, para dar resposta às emissões de CO2 proveniente da circulação automóvel dentro da academia.
Três mil carros entram diariamente na UTAD, desses, cerca de metade leva apenas um ocupante. Fazer com que a comunidade universitária se una na partilha do meio de transporte individual é o grande objectivo do “carpooling”, um conceito que não é novo mas que o projecto da UTAD quer que ganhe novos contornos.“Primeiro estamos a tentar perceber como funciona a mobilidade dentro do campus”, qual o principal meio de transporte utilizado, qual o perfil do parque automóvel e que disponibilidade apresenta a comunidade universitária à possibilidade de partilhar as viagens, explicou Luís Ramos, professor do departamento de engenharia e um dos responsáveis pelo grupo de trabalho composto ainda por Ricardo Bento, Sílvia Silva, Miguel Martins, Maria de Lurdes Martins e Marco Teixeira.
Segundo o mesmo docente, o passo seguinte será implementar as plataformas que vão permitir que as pessoas comuniquem entre si e se organizem na partilha das viagens, sendo de realçar, por exemplo, que quatro em cada dez estudantes, se deslocam em viatura própria até ao campus.
Quando os meios de comunicação entre condutores e passageiros estiverem afinados, quer seja via Internet, telemóveis ou outros suportes, os investigadores acreditam que será possível os estudantes organizarem-se de acordo com a sua área de residência ou tendo em conta o facto de pertencerem a um determinado grupo. O objectivo passa não só pela partilha nas deslocações diárias à UTAD, mas também nas viagens ao fim-de-semana, para os alunos que são de fora, e mesmo nas saídas nocturnas até bares e discotecas, estando prevista aqui uma colaboração com a alguns estabelecimentos de diversão.O docente da UTAD advertiu para o facto de que se não houver um incentivo à partilha das viaturas, as pessoas acabam por não aderir, por isso, ficará a cargo da Associação Académica a animação do projecto. “Pode-se criar, por exemplo, uma espécie de competição entre determinados grupos” unidos por turma, ano, redes sociais, etc., explicou Luís Ramos.
O mesmo sistema de recompensa poderá ser utilizado também com sucesso na desejada replicação do projecto às escolas do Ensino Secundário onde, como sublinhou o investigador, se pode sensibilizar os pais e encarregados de educação, através dos filhos, desde que estes se sintam motivados, e uma forma de o fazer é, por exemplo, calcular a pegada ecológica da mobilidade ao fim de um mês de boleias e premiar os melhores resultados.
Além do projecto que se está a desenvolver no campus, a UTAD é também parceria de uma candidatura que a Câmara Municipal de Vila Real apresentou, no último mês de Maio, ao Programa Polis XXI e que visa, exactamente, melhorar as condições de mobilidade dos cidadãos ao nível do concelho.
Denominado “EcoMobiReal”, o projecto incluiu um conjunto de iniciativa inovadoras que vão permitir aos cidadãos deslocarem-se melhor na cidade e ao mesmo tempo “reduzir as emissões de carbono o que, consequente se reflecte a nível ambiental”, explicou Miguel Esteves, vereador da autarquia responsável pelo pelouro do ambiente.
Um das acções previstas no projecto é a criação de uma “via verde” que vai permitir aos peões deslocarem-se com segurança pelas principais zonas da cidade.
O “Pedibus” é outro dos conceitos que a autarquia quer implementar e que consiste, nem mais nem menos, numa ‘linha de autocarro pedonal’ que ligará vários pontos da cidade às escolas. Um grupo de pais ou voluntários desloca-se a pé a determinadas horas, estabelecidas previamente, e pelo percurso, também ele delimitado, vai recolhendo as crianças que se vão encontrando junto das ‘paragens’, um projecto que o município de Lisboa já tentou pôr em prática.
Outra das muitas vertentes da candidatura passa pelo reforço da confiança dos cidadãos nos transportes públicos através da fiabilidade dos horários e redução de tempos de espera. “Serão instalados GPS nos autocarros e pequenos visores nas paragens vão indicar onde o veículo se encontra e quanto tempo demora”, explicou Luís Ramos, revelando que deste modo melhora-se a eficiência e conforto do serviço e evita-se a ansiedade dos utentes.
Segundo Miguel Esteves o “EcoMobiReal”, cujo resultado da candidatura deverá ser conhecido já em Julho, vai ser monitorizado constantemente para que se possa tirar as conclusões sobre a componente ambiental que lhe está associada.
Maria Meireles in http://www.avozdetrasosmontes.com/

terça-feira, 16 de junho de 2009

Esperadas mais de 10 mil pessoas nos “Concertos de Verão”

O brasileiro Chico César é o cabeça-de-cartaz da edição deste ano dos Concertos de Verão que prometem “arrastar” mais de 10 mil pessoas ao auditório exterior do Teatro de Vila Real. O fadista Carlos do Carmo abre o primeiro de 12 concertos de “world music” que prometem animar as noites de Verão.
De 13 de Junho a 29 de Agosto, a “world music” sobre ao palco do auditório exterior do Teatro de Vila Real, todos os sábados, às 22.30h. Os 12 concertos deste 6º Festival de Músicas do Mundo trazem até Vila Real espectáculos de nove países. Espanha, Itália, Alemanha, Polónia, Argentina, Brasil e Cabo Verde marcam presença numa “edição particularmente forte”, segundo afirmou o director do Teatro de Vila Real, Vítor Nogueira.
Mais uma vez, o concerto de abertura cabe a um português, desta feita o fadista Carlos do Carmo, espectáculo incluído nas Festas da Cidade. Vítor Nogueira destacou os dois concertos únicos no País e a estreia de duas digressões internacionais. O grupo brasileiro Barlavento inicia a sua digressão em Vila Real, com os sons da música tradicional de Salvador da Bahia, a 4 de Julho. O cabeça-de-cartaz Chico César também se estreia em Vila Real no dia 11 de Julho. O grupo Romengo, da Roménia, dá um concerto único em Vila Real, a 8 de Agosto, tal como os checos V3SKA (Vaitraiska) que trazem a Vila Real os ritmos do ska, a 22 de Agosto.
O coordenador do departamento de Produção e Programação do Teatro de Vila Real, Rui Araújo, acredita que o cartaz deste ano tem “capacidade para mobilizar o público” e espera que ultrapasse os 10 mil espectadores que assistiram aos espectáculos, no último ano. Por esta “montra de culturas e tradições” vão ainda passar os ritmos do flamenco com os Al-Mansour, acompanhados por um dos mais conceituados bailarinos andaluzes da actualidade, “El Choro”.
A jovem Danae nasceu em Cuba mas cresceu em Cabo Verde e agora mora em Portugal. A mistura dessas influências promete um espectáculo de ritmos quentes com mornas cabo-verdianas a 27 de Junho. O tango também marca presença com a Orquestra Típica Fernández Fierro, constiuido por 12 elementos vindos da Argentina, e que actua a 18 de Julho. Segue-se uma outra orquestra, os espanhóis Always Drinking Marching Band, mais virada para o dixie, a 25 de Julho. No primeiro sábado de Agosto, chegam os sons dos Balcãs com a Municipale Balcânica, de Itália.
Mercedes Péon, nomeada “Melhor Artista do Ano” pela revista “Folkworld”, é a primeira “repetente” nos Concertos de Verão. Depois de 2004, a espanhola volta a Vila Real, a 15 de Agosto, em representação da diversidade cultural do país vizinho. Os alemães Polkaholix encerram o Festival com os ritmos divertidos da polka. O orçamento é, segundo Vítor Nogueira, “ligeiramente superior ao do ano passado”, na ordem dos 90 mil euros. Os concertos transferem-se para o interior do Teatro de Vila Real, caso as condições meteorológicas assim o exijam.
Sandra Borges in http://www.noticiasdevilareal.com

Feira do granito é o evento mais importante de Vila Pouca de Aguiar

O granito de Vila Pouca de Aguiar vai estar em destaque durante quatro dias. A sétima edição da Feira do Granito arranca na próxima sexta-feira, dia 19. No recinto de exposição, a área compreendida pelo gimnodesportivo, parque e campo da escola secundária local, os visitantes poderão observar os diferentes tipos de granito, o Cinza Pedras, o Amarelo Real e Cinza Real.
Além da promoção daquela que é uma das maiores fontes de riqueza do concelho, a feira é um espaço privilegiado para muitos construtores civis e particulares estabelecerem contactos com os empresários do granito.“É o evento sócio-económico mais importante” do concelho, garante o presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Domingos Dias. Segundo a autarquia, o sector gera mais de 30 milhões de euros por ano e emprega cerca de duas dois mil empregos directos.
A feira decorre no recinto da Escola Secundária durante quatro dias Associada à Feira estão também as jornadas ambientais que, há seis anos, decorrem em paralelo com o certame. Este ano, entre outros, vão ser debatidos temas como a gestão de aterro de resíduos inertes na recuperação paisagística das pedreiras; a problemática dos resíduos da indústria do granito; a importância das árvores no meio urbano; a qualidade da água...
Paralelamente, o certame inclui ainda um programa de animação musical e desportivo, como as Provas do Campeonato Regional de Santo Huberto.

Margarida Luzio, in Semanário Transmontano, 2009-06-15

terça-feira, 2 de junho de 2009

Feira da Cereja de Alfândega da Fé

Alfândega da Fé abre portas de certame que se realiza de 10 a 14 de Junho

A Feira da Cereja de Alfândega da Fé, que terá lugar de 10 a 14 de Junho, fica marcada pela quebra de produção do fruto que lhe dá o nome. No entanto, a Câmara Municipal de Alfândega da Fé (CMAF) considera que as cerejas não faltarão no evento, onde serão vendidas a 1,50 euros o quilo. “Falámos com os produtores para garantirem o stock e não pensamos que possa esgotar”, explicou o presidente da CMAF, João Carlos Figueiredo. Além deste fruto, o certame promove, ainda, produtos biológicos. “Queremos apostar na divulgação dos produtos da terra, nomeadamente os do sector agrícola”, sublinhou o autarca. Nos cinco dias dedicados à cereja, milhares de pessoas passarão por Alfândega da Fé, esgotando todas as unidades hoteleiras. “No total, temos cerca de 150 camas disponíveis no concelho que ficarão lotadas. Contudo, o importante é publicitar a região”, adiantou o edil. Para atrair ainda mais visitantes, a autarquia optou por colocar entrada livre para todas as pessoas. “Ao contrário do que se pensa, é uma forma de diminuirmos encargos com a segurança para controlar as entradas, que eram vendidas por uma quantia simbólica”, justificou João Carlos Figueiredo. No que toca ao entretenimento, subirão ao palco do certame artistas como Fernando Pereira, Santa Maria, Jorge Ferreira e Rita Guerra. Também marcarão presença grupos tradicionais, como Rancho Folclórico e Etnográfico “As Moleirinhas de Casconha”, os Grupos de Danças e Cantares de Vilarchão, de Sambade, da Santa Casa da Misericórdia de Alfândega da Fé, Gebelim, Parada, bem como a Banda Municipal de Alfândega da Fé. Artistas conhecidos marcam presença no evento As actividades desportivas são outras das vertentes em destaque na Feira da Cereja com os torneios de Futebol 7 – Infantis e Futebol 5 – Veteranos e a terceira edição da Milha das Cerejas, organizada pela Associação de Atletismo de Bragança, CMAF e Associação Industrial e Comercial de Alfândega da Fé. Além disso, destaque, também, para o espectáculo de demonstração cinotécnica, que conta com a participação da Força Aérea Portuguesa.
Por Sandra Canteiro in http://www.jornalnordeste.com

Produtos de excelência no estrangeiro

Dez empresas envolvidas
“Internacionalizar Trás-os-Montes Gourmet” e é o nome do projecto desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento da Rota do Azeite de Trás-os-Montes (ADRATM) e que pretende divulgar, fora de Portugal, vários produtos de excelência da região, como o vinho, os enchidos, os frutos secos e a panificação do Nordeste Transmontano e Douro Superior. O projecto de internacionalização foi aprovado no âmbito do novo QREN em 48%, dos 104 mil euros de custo total. Representando alguns riscos aos produtores envolvidos neste projecto, pelo capital financeiro assumido. A coordenadora da entidade promotora, Cristina Passas revela que o primeiro passo foi “tentar convencer as empresas que querem seguir esse rumo para aproveitar os fundos comunitários que existem”, tendo e conta que só através da exportação é que “podem valorizar as suas empresas e o território” refere. Cristina Passas revela ainda que “só as mais capazes, já certificadas, é que aceitaram este desafio porque é para aí que querem dirigir-se”. O objectivo deste projecto centra-se na internacionalização de produtos de qualidade superior num mercado já por si muito selectivo, o mercado Gourmet. Para já estão garantidas as presenças nas feiras da especialidade da Bélgica e Alemanha. As 10 empresas que se associaram à internacionalização, apesar de já exportarem para outros países, estão expectantes quanto à aceitação por parte deste sector de produtos de excelência. “Achamos que era interessante participar neste projecto pois o primeiro objectivo é ganhar clientes” afirma a responsável da empresa Eurofumeiro que recentemente lançou no mercado as alheiras de bacalhau e vegetariana. “Nós esperamos que tenha sucesso” afirma Se tudo correr como o desejado, novos mercados fora do continente europeu, serão explorados por este projecto.
Por Fernando Pires in http://www.mensageironoticias.pt/